domingo, junho 06, 2010

İstambul

Um breve comentarıo para recordar cömo eh dura a vıda sem acentoş, com mıl tıpos de çedılhaş, e oütras tantas letras ğroteşcas. İstambul tem sıdo assım: deşcöncertante e ınfinitamente belo.

sexta-feira, maio 07, 2010

Se é queimadura passadiça, vulgo sol de pouca dura, ou algo de mais e maior por vir, não sei, a verdade bem contada é que hoje neste fim de tarde ameno ressurgiu a vontade imperiosa de jorrar nas palavras que ocorrerem o sentimento geral e as conclusões sumárias retiradas dos últimos quatro meses. O mais certo é o presente ser um exercício de monge anacorético de mim para eu-próprio que já bem longe vão os tempos áureos deste blogue, e volvidos meses de solidão e desuso poucos serão os que se lembram que mora na blogosfera um oásis disponível para gente louca. Sem descrições queirosianas que o meu registo sempre foi o impressionismo, de Lisboa pode dizer-se que é uma festa, mas uma festa requintada, sem excessos nem inflexões, antes um areal contínuo de sol, de gente jovem e airosa que hoje não é dia de olhar para as sombras por detrás do paredão. Tem sido bom o recente sentido de descoberta, Lisboa é bonita, é mesmo muito muito bonita e eu tenho feito por que o meu caminho seja também ladeado por grandes cenários.

Agora, se o assunto que se quer versar é trabalho, o velho do restelo que me habita na tônsila esquerda resolve dar de si e harpejar as cordas vocais em jeito de aviso à navegação: o mundo profissional é um mundo paralelo, onde o regime alimentar estabelecido é o canibalismo ("big fish eat the little ones") e cabe a cada um de nós, de modo cauteloso, descobrir as excepções de trato simples e disponibilidade para a ajuda. Vindo directamente do caldeirão (ultimamente mais morno e destemperado, é verdade) de hormonas e euforia que é a vida académica coimbrã, chega a ser ofesiva a recente noção de como uma amizade é tão difícil de semear, brotar e germinar num hospital de uma cidade espraiada por uma catrepázia (que descobri agora deve vir da vulgarização disátrica de cartapácio, colecção de manuscritos) de quilómetros quadrados. As relações no trabalho, ao contrario da Globo e dos boatos, são iguais às outras mas em sentido estritamente profissional: de admiração estritamente profissional, de afectividade estritamente profissional, de carinho estritamento profissional, de desejo estritamente profissional, de reconhecimento estritamente profissional e há relações que chegam mesmo à penetração selvagem e desbragada preambulada por vezes pelo belo do broche intergalático com chantilly estritamente profissional. Coda final, pausa em suspenso, findo o arpejo.

PS: A aferir que quem falou não fui eu, mas sim a minha tônsila resteliana, ontem fui malhar umas copázias valentes com a minha tutora quarentona de Medicina Interna. Foi uma noitada estritamente profissional, mas a cachaça bateu à mesma.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Suor.


sábado, fevereiro 21, 2009

É meu amigo e Praga para ele era assim:













domingo, fevereiro 01, 2009

A realidade e o absinto

"...é verdade que se um homem misturar absinto com a realidade fica com uma realidade melhor.
...mas também é certo que se um homem misturar absinto com a realidade fica com um absinto pior.
...muito cedo tomei as opções essenciais que há a tomar na vida - disse o senhor Henri.
...nunca misturei o absinto com a realidade para não piorar a qualidade do absinto."

Gonçalo M. Tavares (in "O senhor Henri")

Last Days

Último registo de Praga.

sábado, novembro 08, 2008

Os livros podem salvar vidas.

“Um dia li um livro e toda a minha vida mudou.”

"(...) Coragem, depois pôs-se de joelhos entre as pernas abertas de Maria, que assim têm de estar abertas as pernas das mulheres para o que entra e para o que sai (...)"

“A maioria dos homens não quer nadar antes que o possa fazer”.

"Pai. Nunca envelheceste, e eu queria ver-te velho, velhinho aqui no nosso quintal, a regar as árvores, a regar as flores. Sinto tanta falta das tuas palavras. Orienta-te, rapaz. Sim. Eu oriento-me, pai."

"Ela não bebe, não fuma, dorme ainda, aos 36 anos, na cama da mãe e adora ficar em casa."

"O principezinho bocejou. Tinha saudades do pôr-do-sol que perdera. E, além disso, já começava a sentir-se aborrecido: -Não tenho mais nada a fazer aqui, disse ele ao rei. Vou-me embora. -Não te vás embora, respondeu o rei que tinha orgulho em possuir um súbdito. Não te vás embora, faço-te ministro! -Ministro de quê? -Da...da Justiça! -Mas não há ninguém para julgar !"

"Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direcção."

"Ao reencontrar os amigos, todos nós já provamos o encanto das más lembranças."

"Sempre chegamos ao sítio aondo nos esperam"

domingo, outubro 12, 2008

Dans Paris