sábado, março 17, 2007

Díptico da Amizade - Parte I: O Reecontro

Antecipo desde já futuras ilacoes, sim, é sobre a tábua da redundancia que escrevo o que escrevo. Mas para mim nunca é bastante falar de como é bom receber amigos, de como foi bom abracar o Joao e o André depois de tantos meses, de nos sentarmos á mesa do proverbial Oka e fazermos durar palavras de experiěncias várias, como sempre molhadas em Staropramen dvanacka, terem a oportunidade de conhecer os meus amigos de cá, eu conhecer os deles e imaginar como tudo teria sido tao diferente se acaso houvesse que nos levasse a outra cidade, se por descuido ou outra extravagancia que tal, a ideia de partir para Erasmus nao tivesse acostado no nosso porto das vontades. Depois houve a Gosia a comer as orelhas do coelho, as orelhas do coelho a voltarem para a Gosia, a Brigitte a chegar permanentemente embriagada a casa, a Flora que "julga ser muito interessante", o Arthur a querer "foder á cao" e outros caprichos. Houve também o Joao quase a tirar-me do guarda-roupa que por direito me pertencia para que eu, veja-se lá, dormisse na cama, o André a desligar a tomada do nosso frigorífico durante a noite e a promessa de uma guerra de bolos com marmelada para vir. Houve questoes a entidades ocultas, nomes indeclináveis, USBečkos, idas a Dresdren em descapotáveis (uma vez mais, com direito a multa), bananas esmagadas na ponta, sumos de maca, Rosas Palmeiroes, Leonízias, Karlas Marxas e Winstonas Churchillas, maos na Anka, Pana Beanas, Maes, houve ovás e panáškos, Joanas e muito mais... Tudo isto numa semana é obra. Notável e grandioso.