terça-feira, setembro 04, 2007

Na Palma da Mão












(http://www.reporter.edu.pl/var/lr3/storage/images/media/europa_wg_auschwitz/katalogi
_prywatne/pawel_sawicki/pawel_sawicki_2/praga_widok/125784-1-pol-PL/praga_widok.jpg)

Abro as mãos; nelas
podes ver
o que quiseres: apenas
o teu rosto
se não quiseres olhar
para as minhas
mãos
ou as rugas, pregas
finas
nos meus dedos,
outros sinais do tempo
que não foi teu.
Abro as mãos; repara
nelas, deita-lhes ao menos
um olhar
agora que uma estrela
rompeu os céus
no céu de Praga
e as minhas mãos já não cantam
nos teus lábios
para sempre rendidos
ao rasto da estrela
e à luz nocturna
do cristal.
António Mega Ferreira

1 Comments:

Blogger Cristiana said...

Conheço esse poema...
Uma tarde de sol em Petrin.
Saudades dos momentos simples e despreocupados que se vão vivendo, mas sobretudo das pessoas.
Será pedir muito voltar ir até ao oka e encontrar-te por lá? O tempo não volta a trás pois não?

25/09/2007, 06:10:00  

Enviar um comentário

<< Home