sábado, dezembro 23, 2006

De Volta.

O bom filho à casa torna. Questione-se ou não o adjectivo, é ponto assente que já tinha saudades desta luz que chega a todo o sítio, deste cheiro omnipresente a sal e também, da boa comida que lá não tenho. É assim que de Portugal vos escrevo. Com acentos nos sítios devidos.

Últimas:

A cadeira de otorrino tem algo de Eurovisão da Canção, outro tanto de Jogos Sem Fronteiras, à parte o Eládio Clímax, a Salmonela Andrade e os jactos de água. Temos um mínimo de 270 pontos a obter para que nos seja dado acesso ao exame oral. Para isso, tivemos de assistir e participar no máximo de actividades, desde cirurgias (30 punti), rondas (20 points), ou teóricas (entre los 6 y los 17 puntos). Da minha parte, tão entusiasmado que estava por assistir a uma cirurgia, deixei-me dormir e quando cheguei já era tarde. Quanto ao Zé, a cirugia a que assistiu, o paciente morreu a meio. Acalmem-se os ânimos mais inquietos, que o Zé teve os 30 pontos à mesma...

Antes de partir fomos a um bar, o Taky Tiki, de estilo tiki, isto é, um espaço havaiano e quente na contradiçao de uma Praga gelada. O sítio onde o exagero do piroso se torna bonito e familiar. A voltar.

O avião para Lisboa atrasou-se 1 hora e 25 minutos. O de Lisboa para Faro foi cancelado. dassssse

Um Santo Natal.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Expie-se primeiro os pecados e só no fim vote-se aos prazeres.

Acaso ainda nao tenha sido dito o dito, pois que se atente ao modo bem estóico de se justificar esta necessidade imperativa de hedonismo e, pelo caminho, se escreva o meu nome em letra definida e itálica por baixo, se houver tempo, com epítetos elevados e a condizer. Pois bem, que de ditos apenas nao se faz um homem, faz-se de actos e de agir segundo os ditos. Assim seja.

Expie-se primeiro os pecados: lamento de maos entrelacadas e joelhos em ferida a escassez de missivas que nos últimos tempos por aqui tenho deixado, mas o avultado volume de trabalho nao mo permitiu actualizar antes esta desinteressante forma de vida que é a minha. Trabalho encerra dentro, exames e visitas, mas destas fala-se a seguir porque pertencem ao capítulo dos prazeres.

Só no fim vote-se aos prazeres: deixe entao que se fale dos melhores 5 dias que aqui tive em Praga. Foi preciso virem quatro portuguesas ainda com o cheiro a mar e o sol na boca para degelar e fazer escapar gargalhadas por esta tao glacial maneira de existir levante. Escrevo sobre aquilo que nao se escreve, sobre a singularidade dos momentos que vivemos juntos, o tempo corria e nós nao pedíamos mais do que ser felizes para sempre, assim, como o estávamos a ser. Nao há palavras para descrever o arrepio cortante que eu (e o Zé certamente) sentíamos ao ver que alguém saía pela Porta das Chegadas do Aeroporto e podiam ser elas. E finalmente vě-las entrar, o riso inimitável da Mariana ao ler os cartazes que fizemos para a recepcao, os saltos e os abracos. Há coisas que nunca se pensa vir a sentir até ao ponto em que o que é de mais nosso que é a nossa língua, a nossa cultura e os nossos amigos nos falta e por instantes nos torna a pertencer. Nao que 3 ou 6 meses sejam suficientes para mudar assim tanta coisa, mas é bonito ver que o que é de mais essencial em nós pouco ou nada mudou, ou que pelo menos evoluiu na mesma direccao, que ainda nos rimos das mesmas coisas e somos sensíveis á mesma beleza. Foram 5 dias etéreos e mesmo o facto de a Luísa e a Renata terem sido assaltadas nao quebrou o que de bom até aí se tinha vivido nem condicionou a excepcionalidade dos momentos que se seguiram; e num exemplo de pragmatismo a Luísa ainda criou uma bela coleccao de novas piadas. Em inglěs, e tudo! Superior...

Foi, pois, com saudade que esta semana acabou, mas é também com orgulho que oico aqueles que nos acompanharam por cá, dizer que lhes trouxemos algo de único, a alegria evidente de rever os amigos, o prazer simples de beber e cantar, a maneira exemplar de enfrentar os problemas a sorrir.

Com amor.
miguel palma


Num café colombiano junto ao rio.

No U Vystřelenyho Oka.



Ainda no Oka, a cantar desde as 8 da noite...

Mais um artigo gentilmente cedido por privados que luz de momento na nossa cozinha.

Uma bela duma jantarada lá por casa.

Charme e Seducao.

Nós e o emplastro.

A minha favorita.

Charme e Seducao (Parte II).

A noite de todas as noites, com direito a pianada e tudo...

Ás 6 da manha, no parque infantil de um KFC.

Bem perto do Adeus.

[As fotos sao ainda assim pouco representativas do que se passou por cá. Prometo que assim que tenha outras em minha posse, as postarei... com prazer]

sábado, dezembro 16, 2006

Casa

Já há vários posts neste blog a falar das visitas que tivemos, por isso não me vou alongar muito sobre isso.
Não posso é deixar de dizer que é muito, muito boa a sensação de receber amigos de casa em nossa casa, principalmente quando a casa não é a nossa e são os amigos de casa que chegam a nossa casa que nos fazem sentir em casa.
E já que falo tanto em casa, anuncio aqui em primeira mão que infelizmente só chegamos a casa no dia 23, por isso antes do Natal não vai dar para rever amigos de casa. A boa notícia é que só regressamos a Freiburg dia 14, o que vai dar algum tempo para (re)conhecer os cantos à casa.
Para terminar, quero só partilhar com vocês os sentimentos contraditórios que atravessam a minha mente pouco dormida nestes últimos dias: se, por um lado, estou com uma vontade enorme de voltar a casa, por outro sinto muita pena de já só ter mais uma semana aqui em Freiburg que, precisamente por não ser a minha casa, dá-me aquele sentimento fantástico de não me sentir em casa.

Bis bald,

João

Freiburg, Colmar, Strasbourg... Em imagens.




sexta-feira, dezembro 15, 2006

Videbimus infra

olá amigos

agora que a despedida de Bönn para o NATAL se aproxima sinto-me exageradamente nervoso
tenho medo de reencontrar as pessoas e não as saber receber
estou ansioso por sentir os pés em terras portuguesas, ver a família, oa amigos, a senhora...
pois é
mas parece que fica um sentimento qualquer de abandonar a nova casa
nunc o pensei sentir e sei que será só até entrar de novo em casa e passear de carro por Coimbra que tanta falta me faz
estou (como os espanhois dizem) com gannas de ir ao pintos beber um copo, uma mini no couraça, uma torrada no bar da faculdade a ver o por do Sol, de entrar nos HUC e perceber tudo o que me dizem...enfim das vivências de todos os dias
de facto é isso que mais falta faz aqui
agora dou importância a todos os pequenos pormenores (perdoem-me o pleonasmo mas são mesmo os mais pequenos)
ter tempo para pensar na vida dá cabo de uma pessoa
já reparam que ainda há dois dias estávamos no primeiro ano, a imaginar que o 4º ano seria tão distante...hoje já nos lembramos daqueles que já não estão e parece que foi agora...
no fim desta lamechice toda apercebo-e porque é que o meu pai diz que é a melhorépoca da nossa vida
não sei se será a melhor mas é e será de facto a mais constructiva, de amizades, carácteres, gostos...

Um bom Natal a todos os leitores
forte abraço e beijinhos
Mariano Veiga

Videbimus infra

terça-feira, dezembro 12, 2006

olá caríssimos

não posso escrever sem desde já referir o incrementamento (palavra chata esta de pronunciar) de peso da evinha
está bem melhor sim senhor!
a nossa estadia em freiburg foi maravilhosa
sabe bem estar com os amigos tão longe de casa
a despedida é avassaladora como só quem a vive poderá perceber
sinto agora uma vontade enorme de voar para o Natal
de estar com as pessoas que tantas saudades me dão e dizer-lhes o quanto me fazem falta...
estar em ERASMUS não será nunca um erro. é sim uma prove de vida que, falando por mim, tanta falta me fazia
amigos, com pressa me vou para ultimar as compras de Natal

abraços
nocas

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Freiburg... C-tag...

Lembro-me daqueles dias em que estávamos todos juntos em Coimbra...
Aqueles dias antes de partir...
Promessas de retorno, promessas de amizade...
Naqueles dia senti tristeza em partir, deixar para trás aqueles com quem partilhei e vivi... Apesar disso crescia em mim a vontade imensa de partir.
Agora olho para trás e recordo como éramos. Pequenos sedentos de conhecimento e de novas experiências, pequenos que agora se encontram para se olharem e repararem que afinal em alguns meses mudaram, cresceram, aprenderam...
Agora partilham as experiências de Barcelona, Bonn e Freiburg... Aqui na nossa casa em Freiburg...

Agora menos nostálgico, o Nocas, o Sousa, a Luzinha e a Evita vieram fazer-nos uma visita a Freiburg espero em breve escrever mais um pouco sobre isso e também enviar umas quantas fotos da maior reunião de estudantes de Coimbra em Freiburg dos últimos anos... Diga-se de passagem também não é difícil...
Abraço a toda a erasmada espalhada por essa Europa...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

A Ciěncia, Coimbra e os Ches

Olás.

É já amanha que chega o contingente feminino lusitano á terra em que a cerveja é mais barata que a água e as torneiras deitam chá. Diria que estava em pulgas nao fosse o caso de me encontrar de momento em Narodní Knihovna (Nota do Tradutor: Biblioteca Nacional) a marrar dermato. Posso é dizer que estou em Pediculosis Capitis, hehe! Deixemos as hilariantes/dispensáveis (riscar o que nao interessa) gracolas científicas e passemos á récita depressiva. Pois nao é que no outro dia me dei por mim a falar inflamadamente de Coimbra, de tudo, dos momentos felizes, das hesitacoes, da memória indissociável do amarelo-torrado dos candeeiros da cidade. Nunca escondi a ligacao emocional que me liga á Lusa Atenas, o gosto que tenho por fazer parte dela e o orgulho que mantenho por ela fazer parte de mim. Mas insuspeitavelmente vieram-me á memória momentos que julgava esquecidos ou desprovidos de valor e senti pena por lhe perder um ano, quando penso estar também a ganhar tantos por cá.
Fazem-me falta as jantaradas com vinho á descricao e fra´s, a inevitabilidade de encontrar alguém no caminho de casa á cantina, a ansia permanente pela queima, o acender das luzes no suspeitável DD, o comecar do dia no Penedo da Saudade, a dor de alma e de cabeca dos dias seguintes,... Nao é um choradinho ou uma lamentacao. É o que falta preencher para que os dias sejam perfeitos. É uma vez mais a busca da mesma impossibilidade de sempre.

De resto, fica a nota do meu trabalho de Domingo: criar a frase portuguesa com mais "ches" para pronunciar. "Talvez gostasses se chuchasses nos chupa-chupas." Se nao é esta, anda lá próximo. E vá lá, nada de comentários de gosto duvidoso...

domingo, dezembro 03, 2006

Viena (Videň)

Aqui ficam as fotos eleitas para ilustrar a nossa ida a Viena. Dizer que é lindo é ser-lhe injusta. Um grande grande fim-de-semana!

Praca Maria-Thereza

Junto á camara municipal (Rathaus)

Registo do primeiro copo de vinho quente. Vě-se emocao estampada na minha cara de abutre...

Belvedere. Visitámos a exposicao. Adorei Schiele e arrepiei-me com Klimt.

Countdown to green light.

Hundertwasserhaus

Schonbrunn

Opera

Sinais


Quem pensava que eu seria incapaz de viver em Praga sem trazer um sinal de transito para casa, pois estava certo. Trouxe dois...